Felipão e Parreira têm a missão de levar o Brasil ao hexacampeonato em 2014 (Foto: AP) |
Entre julho e agosto, o Brasil também disputou as Olimpíadas de Londres. O sonho da medalha de ouro não se concretizou com a derrota por 2 a 1 para o México na decisão do torneio, no estádio de Wembley, em Londres. A equipe sub-23, que contava com Marcelo, Thiago Silva e Hulk - todos com idade superior aos 23 anos -, não soube evitar o tropeço diante dos rivais. Vale lembrar que o grupo tinha ainda Neymar, Lucas e Oscar no elenco.
E é justamente por conta dessa falta de títulos nas últimas competições oficiais que o novo treinador sabe das dificuldades que terá para criar uma empatia da equipe com o torcedor. A partir daí, Felipão tem ideia de qual passo precisa ser dado para ter sucesso nas competições de 2013 e 2014.
- O resgate popular é uma situação que vamos trabalhar com a comissão técnica de uma forma que a gente possa fazer com que a população esteja mais envolvida, acreditando mais, estando mais presente nos estádios, até com um pouco mais de carinho, que também será dado por nós – afirmou o treinador.
Sai Teixeira, entra Marin
Em março, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, renunciou ao cargo. Após disputas políticas, José Maria Marin, vice da Região Centro-Sul, foi elevado ao cargo por ser o mais velho entre os dirigentes da entidade.
Com Marin, outras mudanças aconteceram na CBF, entre elas a chegada de Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, que se transformou em braço direito do mandatário e novo vice da Região Centro-Sul.
As novas eleições da CBF estão previstas para acontecer no início de 2014. O pleito foi antecipado justamente por conta da saída de Teixeira em março de 2012.
Sai Teixeira, entra Marin
Teixeira durante coletiva (Foto: Getty Images) |
Com Marin, outras mudanças aconteceram na CBF, entre elas a chegada de Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, que se transformou em braço direito do mandatário e novo vice da Região Centro-Sul.
As novas eleições da CBF estão previstas para acontecer no início de 2014. O pleito foi antecipado justamente por conta da saída de Teixeira em março de 2012.
- O Personagem
Marin substituiu Teixeira na CBF e não poupou Mano (Foto: André Durão/Globoesporte.com) |
Com a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF no dia 12 de março, José Maria Marin se tornou o grande personagem de 2012. Além de assumir o comando da entidade, o ex-governador de São Paulo também passou a comandar o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Desde que assumiu a entidade, Marin nunca deixou clara a sua vontade de ter Mano como treinador. O dirigente sempre cobrou a criação de uma base e a busca por resultados positivos nas Olimpíadas e nos amistosos disputados pela Seleção.
Porém, logo após o último compromisso da Seleção no dia 21 de novembro, em Buenos Aires, contra a Argentina, Marin optou pela mudança de comando no time canarinho. Mano deixou o cargo para a contratação de Felipão, campeão do mundo com o Brasil em 2002.
- Revelação
Com Paulo Henrique Ganso vivendo altos e baixos, Oscar se tornou a principal referência da seleção brasileira nos amistosos disputados na Europa e nos Estados Unidos, entre maio e junho. O jogador não só virou titular de Mano Menezes como também ganhou a camisa 10 do time canarinho. E o então apoiador do Internacional não decepcionou.
Após as boas atuações nos amistosos, Oscar acertou a transferência para o Chelsea, da Inglaterra, e também se tornou titular da Seleção nos Jogos Olímpicos de Londres. De lá para cá, o meia virou referência do meio de campo do time brasileiro e passou a ser uma das principais peças do trabalho de renovação feito por Mano Menezes.
- O Mico
No dia 2 de setembro, a seleção brasileira bem que tentou confirmar a conquista do Superclássico das Américas de 2012, em Resistência. Porém, por conta de um problema na rede elétrica do Estádio Centenário, o duelo contra a Argentina foi adiado e remarcado para o fim de novembro. Logo após o cancelamento do jogo, a CBF chegou a cogitar o título do torneio para o time canarinho.
Por causa do atraso no início da partida diante dos argentinos, a seleção brasileira viveu outro dilema até a decisão pelo cancelamento do confronto. O voo fretado que conduziu o grupo até Resistência só poderia pousar no aeroporto de Guarulhos até as 4h30m (de Brasília). Com isso, a programação do time canarinho ficou apertada para cumprir o itinerário e os horários estipulados para o retorno a São Paulo.
Em novembro, na Bombonera, em Buenos Aires, a Seleção foi derrotada pela Argentina por 2 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis, vitória por 4 a 2 e o bicampeonato do torneio.
- Os números
JOGOS | VITÓRIAS | DERROTAS | EMPATES | GOLS PRÓS | GOLS CONTRA |
13 | 9 | 3 | 1 | 38 | 13 |
- O dia-chave
Andrés Sanches durante a coletiva que selou a saída de Mano Menezes do comando da Seleção (Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado) |
novembro de 2012 foi decisivo para a mudança de comando da seleção brasileira. Na sede da Federação Paulista de Futebol, após reunião entre o presidente da CBF, José Maria Marin, o diretor de Seleções, Andrés Sanches, e o mandatário da FPF e vice da região Centro-Sul da entidade do futebol brasileiro, Marco Polo Del Nero, foi definida a demissão do técnico Mano Menezes. Em um primeiro momento, o novo comandante da equipe canarinho seria anunciado apenas em janeiro. Mas Felipão acabou nomeado dias mais tarde.
Naquela tarde de sexta-feira, Andrés Sanches ficou responsável por confirmar a notícia à imprensa. O dirigente afirmou que foi "voto vencido" na decisão da diretoria, que optou pela troca de comando na seleção brasileira. Dias mais tarde, o ex-presidente do Corinthians também deixaria a CBF por conta das decisões tomadas por Marin.
O presidente da CBF explicou a escolha por Felipão
- O Felipão, no sistema de disputa da Copa do Mundo, é o grande especialista. Pesa também a favor do Felipão a experiência comprovada através de título conquistado. Com um currículo internacional comprovado quando esteve também à frente da seleção de Portugal. Ele também é um grande motivador. E o nosso país esperava um motivador como o Felipão.
- A decepção
Neymar fica desolado após derrota na decisão para o México, em Wembley (Foto: Reuters) |
A grande decepção de 2012 foi a perda da medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres. A Seleção chegou à capital inglesa como uma das favoritas ao título por conta do elenco que o técnico Mano Menezes levou para a disputa do torneio. Neymar, Lucas, Oscar, Thiago Silva, Marcelo... Esses foram apenas alguns dos destaques do time que marcou 15 gols em cinco jogos até chegar à decisão diante do México.
No dia 11 de agosto, o time canarinho sofreu um gol aos 29 segundos de jogo após falha do lateral-direito Rafael, que errou um passe na intermediária. Peralta balançou a rede. No segundo tempo, o mesmo jogador fez o segundo. Hulk descontou já no final. Mas já era tarde para se recuperar em campo. A partir da derrota para os mexicanos, o trabalho de Mano Menezes passou a ser ainda mais questionado pelos torcedores e pela própria diretoria da CBF.
- A imagem
Na lua! Assim pode ser definido o pênalti cobrado por Neymar no empate por 1 a 1 com a Colômbia, em novembro, nos Estados Unidos. O gol poderia significar mais uma vitória da seleção brasileira de Mano Menezes. Porém, o gramado ruim prejudicou a finalização do craque canarinho, que escorregou ao lado da marca da cal e isolou a bola.Neymar definiu a sua cobrança na saída do gramado.- Foi horrível - disse o jogador.Vale lembrar que, no jogo seguinte, Neymar cobrou uma das penalidades na decisão do Superclássico das Américas, em Buenos Aires, contra a Argentina, e coverteu o lance. O Brasil venceu os hermanos por 4 a 2 e ficou com o bicampeonato do torneio.
- Lembra disso?
No último compromisso antes da preparação para as Olimpíadas, no dia 9 de junho, o Brasil encarou a Argentina, no MetLife Stadium, nos Estados Unidos. E Lionel Messi resolveu para os hermanos no duelo disputado em Nova Jersey. O craque do Barcelona fez três gols, um deles ao seu melhor estilo, partindo do meio de campo com a bola dominada antes de finalizar da entrada da área para vencer o goleiro Rafael Cabral.
As três bolas na rede do Brasil foram computadas na conta do jogador, que quebrou o recorde de gols em uma mesma temporada. A marca anterior era do alemão Gerd Muller. No duelo, a Seleção chegou a ficar duas vezes à frente no placar, mas não resistiu à boa atuação de Lionel Messi, que comandou os hermanos no amistoso.
Vale lembrar que o argentino tem sido o principal carrasco da Seleção nos últimos anos. Só na era Mano Menezes, Messi marcou quatro vezes em dois jogos. Nos dois compromissos, os hermanos saíram com o resultado positivo.
*Fonte da matéria: www.globoesporte.com